Aos 17 anos, como muitos, precisei tomar uma decisão de que carreira escolher para seguir.
Meus sonhos profissionais eram confusos e passeavam entre estudar Relações Internacionais pra ser Diplomata, estudar Serviço Social pra ser Assistente Social e estudar Administração que me ajudaria a ter melhores oportunidades de trabalho imediatamente.
Trabalhava em um escritório de contabilidade desde os 15 e sabia que queria ser qualquer coisa, menos contadora.
Como não odiava totalmente o ambiente e as atividades – prática que sempre fui em minhas escolhas – acabei escolhendo Administração, porque entendi que conversava com minhas habilidades conhecidas até aquele momento e era o caminho que eu enxergava como mais possível de prosperar.
Construí uma carreira sólida, somando ao extenso conhecimento em contabilidade, especializações na área de Finanças, Controladoria e Auditoria, sempre com salários acima da média do mercado e crescimento rápido.
Aos 30 comecei efetivamente minha transição para trabalhar com desenvolvimento de pessoas porque percebi que não tinha mais vontade de crescer dentro da área financeira pra buscar oportunidades fora da empresa que atuava.
Mas por que estou contando isso?
Recebo muitos relatos de pressão e estagnação em relação a esse tema.
O tal propósito é a resposta ao “por que fazemos o que fazemos”, temos autoridade para conceder a profundidade de significado que faça sentido pra gente e não, nem todos precisam perseguir um propósito de alma extraordinário para se encontrar profissionalmente.
Eu acredito que a gente se encontra profissionalmente e constrói uma carreira na prática, colocando na balança nossas necessidades, habilidades, demandas do mercado e agindo: atuando no trabalho, dando nosso melhor, estudando e se especializando, até ter condições de fazer mais coisas, diferentes e alinhadas com quem vamos descobrindo que somos no caminho.
O que não dá pra fazer é ficarmos parados achando que a carreira ideal vai nos encontrar e só vamos ser felizes quando tivermos o trabalho dos sonhos, pois nossa carreira é construída no movimento.
Faz sentido pra você?